sábado, 7 de dezembro de 2013

O perigo das chaves nas mãos de terceiros



A criatividade dos assaltantes não tem fim, mas a ingenuidade das vítimas, nem se fala. Fiquei sabendo de um assalto que me chamou atenção. O auxiliar administrativo João, saiu com a esposa para jantar, deixando o veículo estacionado na rua. Ao retornar levou um grande susto, o automóvel havia sido subtraído. Na delegacia comentou que além da perda do carro, estava extremamente chateado, pois sua coleção de CDs do cantor Roberto Carlos estava no interior do auto. Após 3 dias, João recebeu telefonema da polícia noticiando que seu veículo fora encontrado abandonado próximo a um motel. Foi correndo para a Delegacia e encontrou o auto intacto. Incontinenti, abriu o porta luvas, e para sua felicidade, encontrou todos os CDs do "Rei da Jovem Guarda". Agradeceu aos policiais e voltou contente da vida para o lar.

Ao estacionar o carro na garagem, notou que havia no banco traseiro um envelope esquecido pelos criminosos, e ao abri-lo, encontrou 4 ingressos para o show do ídolo Roberto Carlos, que aconteceria na semana seguinte. Ele não teve dúvidas; com sua esposa e um casal de amigos, foi assistir o tão esperado evento musical.

Já de madrugada, ao chegar a casa, percebeu que a porta da casa estava entreaberta. Ladrões haviam invadido a residência, sem sinais de arrombamento, e subtraíram todos os seus pertences. Sobre a pia da cozinha os bandidos deixaram o único Cd que faltava para a coleção da vítima.

Algumas dicas são fundamentais:
O perigo das chaves nas mãos de terceiros1) Se as chaves de sua casa ou empresa forem subtraídas ou perdidas, providencie imediatamente a troca das respectivas fechaduras.

2) Evite ao máximo deixar as chaves de casa com empregados.

3) Converse com seus filhos e mostre a importância deles tomarem cuidado com a guarda das chaves.

4) Ao deixar seu carro num estacionamento ou na mão de terceiros, retire do molho as chaves de sua casa.

5) Sempre tenha em mente que uma chave é copiada em menos de 3 minutos.

6) Ao notar estranho sumiço das chaves do lar, jogue fora as cópias e troque a fechadura como medida cautelar.

7) À noite, antes de dormir ou quando deixar sua casa por muitas horas passe uma corrente grossa com grande cadeado no portão de sua residência. 

Molho de Chaves




Eis algumas dicas importantes para manter as chaves de sua casa em segurança:
  •  Jamais faça copia de chaves próximo da sua moradia.
  •  O profissional que copia suas chaves, jamais deve saber seu endereço ou telefone.
  •  Permaneça junto ao chaveiro durante a confecção das chaves.
  •  Esconda as chaves reservas em local restrito e de difícil acesso.
  •  Não é seguro deixar chaves do apartamento com empregados. Em caso de necessidade forneça somente a chave necessária e não todas do apartamento, permitindo assim o isolamento de algumas dependências privadas, mormente durante o repouso noturno. Os empregados podem ser atacados e forçados a abrir as portas de que possua as chaves, surpreendendo os demais moradores.
  •  Ao perder uma chave, troque imediatamente a fechadura da porta.
  •  Jamais coloque a chave de seu apartamento no mesmo molho de chaves do veiculo. O perigo surge ao deixar o carro num estacionamento particular, onde o manobrista pode providenciar uma copia e levantar o endereço ao anotar a placa de seu automóvel.
  •  Evite ao máximo deixar cópias das chaves na portaria ou com empregados domésticos.

E se o condutor estiver rendido por um bandido. Como o prédio pode gerenciar esse problema?










A tecnologia definitivamente veio para auxiliar no processo de segurança e dificultar sobremaneira a vida dos bandidos. O controle remoto (digital) do morador deve conter um sinalizador de pânico. Como funciona?O controle remoto do motorista serve para ele acionar a abertura do portão principal como já dissemos. Se porventura, o condutor for rendido na rua e estiver com um marginal como passageiro, poderá apertar outro botão, constante do controle remoto, que sinalizará ao porteiro que esta em perigo. Assim, o porteiro poderá tomar as medidas cabíveis, regulamentada pelos moradores em assembléia.

Criminalidade sem rédeas





A criatividade, a frieza e a falta de compaixão do criminoso brasileiro chegou a patamares insuportáveis. A subtração de placas de trânsito, estátuas e monumentos públicos, registros de água, cabos telefônicos e a industria da pichação cavalgam em ritmo desenfreado.

 Um pesqueiro no bairro de Palmeiras, em Formiga, teve que fechar as portas, pois marginais, se utilizando de enormes tarrafas, furtaram todos os peixes. Após o término de uma partida de futebol, um vendedor se surpreendeu ao constatar que bandidos levaram os 4 pneus e rodas de seu carro. A comerciária Simone Regina Penteado, de 19 anos, ao sair de um culto evangélico na cidade de Araxá/MG, foi abordada por ladrões armados que roubaram 90 centímetros de seus cabelos. A servente Nair Silva Alves, de 67 anos, foi agredida violentamente por estudantes do ensino médio da escola estadual Nove de Julho, em  Dores do Indaiá, interior de MG, e desabafou: "Passei grande parte da minha vida cuidando de estudantes, não sabia que este seria meu presente. Minha vontade é largar tudo, mas tenho que completar o tempo de aposentadoria". Em  Pirajuba/MG, dois adolescentes da escola estadual Quintinho Camargo invadiram a casa da diretora Leonor Gomes e atearam fogo em seu veículo. Em Macatuba, estudantes não identificados, passaram cola na cadeira de uma professora de idade avançada, que ficou "presa" pela roupa, sofrendo enorme constrangimento.                                        Em Presidente Olegário, um estudante de 16 anos matou com 3 tiros um colega de classe no estacionamento do colégio. O volume de informações em relação à criminalidade é tão grande que pode gerar duas situações distintas:

 1)Causar desconforto, medo e, em alguns casos, pânico. 

2)Servir de alerta para a adoção de medidas preventivas de segurança pessoal, familiar e patrimonial. Muita gente se recusa a falar de violência. Como a avestruz, que quando em perigo enfia a cabeça na terra para se sentir protegida. Essas pessoas acreditam que se não falarem a respeito de violência manterão o problema longe delas.

 Mas será que isso realmente as protege? É óbvio que não. Trata-se, evidentemente, de uma crença equivocada, pois qualquer informação a respeito de criminalidade é importantíssima para que se possa traçar estratégias de proteção. Negar-se a tocar no assunto é negar a possibilidade de ser vítima da violência urbana, e essa possibilidade não existe. É como tentar tapar o sol com a peneira. Esse não é o melhor caminho.

Como os marginais escolhem suas vítimas?



Por que algumas pessoas são assaltadas com frequência enquanto outras nunca sofrem abordagem de um marginal? 

Será que é pura sorte? 


Pode ter certeza de que não há sorte nenhuma envolvida no fato de alguém jamais ter sido roubado. 

A verdade é que quem nunca foi vítima de assalto é mais prevenido que as outras pessoas, evitando, mesmo que inconscientemente, a aproximação de estranhos e, por isso, acaba sendo considerado sortudo quando o assunto é segurança. 

O estilista anda pelas ruas observando as roupas que as pessoas estão usando. O arquiteto passeia pela cidade reparando na tendência das novas construções. A dona de casa sai às ruas em busca dos melhores frutos e alimentos para comprar. O policial trafega pelas avenidas atento a qualquer ato suspeito, que pode sinalizar uma tentativa de roubo ou outro crime. E o bandido anda por aí armado, em busca de vítimas fáceis, de pessoas ingênuas e distraídas, que facilitem seu trabalho criminoso. Lembre-se de que o marginal, apesar de sua sensibilidade natural, não possui bola de cristal para saber quem é a vítima ideal. A vítima ideal, como se diz na gíria da malandragem, é qualquer pessoa que estiver dando mole, e porque age assim imprudentemente, será vítima duas vezes; dos marginais e da sua própria inexperiência e desatenção. Portanto, manter-se focado nos riscos do cotidiano é um ato de esperteza e de sabedoria, que pode salvar sua vida e patrimônio. Há mais de 18 anos venho estudando o fenômeno da violência no Brasil e no mundo. A primeira conclusão importante a que cheguei é que as pessoas se tornam muito mais vulneráveis quando negam a possibilidade de serem vítimas da violência urbana (negar essa possibilidade é negar o óbvio!). E a segunda, decorrente da primeira, é que, negando a possibilidade de serem vítimas, as pessoas relaxam e tornam-se distraídas, o que faz aumentar o risco a que naturalmente estariam expostas. E a síntese disso tudo é que pessoas desatentas e desinformadas a respeito dos métodos de proteção contra o crime estão mais sujeitas e vulneráveis ao risco de abordagem delituosa. Ser vítima da criminalidade não é um fenômeno ligado a sorte ou azar, nem é mera fatalidade. Os riscos podem ser evitados; e o melhor caminho é a prevenção.

Juízes no lugar de vítimas





Realmente, o assalto foi democratizado no país. As duas maiores patentes do poder judiciário federal foram vítimas da criminalidade. A presidente do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie e o vice-presidente do órgão, ministro Gilmar Mendes, foram vítimas de um arrastão, a semana passada, na saída da Linha Vermelha, no Rio de Janeiro. Eles haviam desembarcado no aeroporto do Galeão e seguiam para a zona sul carioca, quando foram parados por um falso bloqueio da polícia. Ocupantes de pelo menos quatro carros também foram assaltados. Segundo três das vítimas que registraram ocorrência, os criminosos levaram documentos, celulares, dinheiro e relógios. A Linha Vermelha tem 178 favelas espalhadas por 22 km, por onde passam cerca de 130 mil automóveis diariamente. Os ministros do STF foram resgatados por seguranças armados do Tribunal de Justiça que faziam a escolta. Logo após o incidente, recebi diversas ligações telefônicas de jornalistas, indagando-me se a postura dos agentes de segurança em não reagir ao assalto estava certa ou errada. É importante diferenciarmos segurança pública de segurança pessoal. A escolta, que era realizada pelos agentes, tinha como finalidade proteger a integridade física dos magistrados. Pelas informações fornecidas pela imprensa, o veículo dos ministros seguia na frente do automóvel da escolta, posicionamento que entendo ser equivocado. Quando o esquema para escoltar autoridades ou executivos conta com apenas um automóvel, deve se posicionar à frente, para se antecipar a eventuais problemas. Outro ponto interessante, é que jamais a pessoa a ser protegida deve dirigir. O veículo deve ser conduzido por um motorista devidamente treinado e capacitado em técnicas de direção defensiva e evasiva. Por outro lado, analisando o episódio, entendo que a equipe de seguranças se comportou de forma inteligente. A abordagem criminosa foi praticada por diversos meliantes fortemente armados. Qualquer tipo de reação poderia colocar em risco a vida dos magistrados, das demais vítimas que lá estavam e também dos seguranças. 


Professores com Medo X Alunos Violentos



Quem é responsável pela sala de aula atualmente? O professor ou alunos? Funcionários de estabelecimentos de ensino, públicos ou privados, podem ser vítimas de ofensas, humilhações, agressões e ameaças e não reagir? Alguém é responsabilizado quando veículo de professor é riscado ou depredado? O princípio da autoridade, em muitas instituições de ensino, foi subvertido, no momento em que funcionários passaram a trabalhar com medo, pois são destratados e intimidados, diariamente, por diversos alunos e, não raro, por seus genitores, que defendem os filhos, mesmo em atitude errônea e anti-social, ferrenha e cegamente. Em Belo Horizonte/MG, um professor da Fundação Mineira de Educação e Cultura, cansado de ser vítima do universitário L.Z.M.A., procurou a delegacia local e impetrou queixa-crime, afirmando que o aluno, ao entrar na sala de aula, esbarrava na vítima "de forma intencional e deliberada". Toda vez que era repreendido pelo professor/vítima, o jovem estudante o insultava e o tratava com desprezo na frente dos demais alunos, insinuando que a vítima era homossexual. Testemunhas ouvidas confirmaram que o acusado, dolosamente, provocava esbarrões no professor para desmoralizá-lo. O juiz da comarca local, Dr. Marcos Henrique Caldeira Brant, em razão de todas as provas contidas nos autos, condenou o estudante criminoso pelo delito de injúria simples e também por injúria real, em razão das vias de fato consideradas aviltantes. A pena estipulada foi de um ano e oito meses de prisão, convertidos em prestação de serviços à sociedade, além de multa. O exemplo acima deve ser seguido por todos funcionários de estabelecimentos de ensino que forem vítimas de crimes praticados por "marginais" travestidos de alunos, que não tiveram a devida educação e bons modos por parte de seus pais. Minha orientação é que façam, inicialmente, comunicação por escrito à direção da escola ou universidade, narrando, minuciosamente, os fatos delitivos, apresentando, também, rol de testemunhas e, ao final, pedido de providências de acordo com as normas internas do estabelecimento de ensino. No momento em que a vítima perceber que seus reclamos não redundaram em medidas enérgicas e efetivas contra os infratores, haja vista omissão, inércia ou demora da direção de ensino, deve, incontinenti, dirigir-se a Delegacia de Polícia mais próxima, registrar Boletim de Ocorrência e solicitar instauração de procedimento investigativo, para que a Justiça Criminal puna os culpados na forma da lei. Aqueles que passam a mão na cabeça de adolescentes e jovens desajustados e com perfil violento, não querem o seu bem, muito pelo contrário, estão criando solo fértil para que a delinquência juvenil seja o caminho de suas vidas.